Descubra quais as principais rodovias do norte do Brasil
As rodovias do norte do Brasil tem que enfrentar diversos desafios desde sua construção até a manutenção. Clima e ambiente se destacam como os fatores mais impactantes nesse sentido. Afinal, essa parte do país é lar da Floresta Amazônica.
Assim, a umidade tropical, a fauna e a densidade vegetal se somam ao quadro na busca por soluções para ligar as populações que lá vivem ao resto do território nacional com segurança, sem impactos no meio e garantindo que aqueles que trafegam pelas vias otimizem sua jornada.
Pensando nisso, este conteúdo vai explicar melhor tal cenário, apresentando as principais estradas da região. Confira!
Como é a infraestrutura das estradas do norte do Brasil?
Nem só de vias rodoviárias é composta a infraestrutura de logística nessa área. Pois, a Floresta Amazônica espalha-se ao longo dos estados que a formam, exigindo a complementação do transporte terrestre com outros meios, especialmente o fluvial. Desse modo, não há uma malha densa, apesar de ser extensa.
Mas este não é o único ponto de distinção. Segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), as rodovias do norte do Brasil são as menos pavimentadas no comparativo com as demais regiões. Para se ter uma ideia, essa organização apurou que apenas 13,7% apresentam tal condição. Logo, trechos não pavimentados são a maioria.
Clima e ambiente também influenciaram na demora em investir nessa parte do país. Por isso, uma parcela significativa das estradas são da segunda metade do século XX — quando houve um Programa de Integração Nacional.
Quais as principais rodovias do norte do Brasil?
Ainda que não componham uma malha regional densa, algumas rodovias do norte do Brasil se destacam, ligando essa área ao restante do país ou fomentando conexões locais. Veja quais!
BR-163
Seus 4 mil quilômetros não estão todos no norte do Brasil, à medida que a BR-163 é uma das maiores do país, começando no Rio Grande do Sul, além de atravessar os demais estados do sul e o centro-oeste para chegar ao porto de Santarém, no Pará.
Sua importância está diretamente ligada ao papel logístico que apresenta: servir para escoar a produção agrícola da área central. Porém, o que a torna interessante é sua parte final, que atravessa a Floresta Amazônica até seu destino.
BR-230
A Transamazônica é outro exemplo entre as principais rodovias do norte do Brasil cuja extensão passa dos 4,3 mil quilômetros, mas não está totalmente dentro dessa área do país. Afinal, ela começa na Paraíba. Na extremidade oposta está Lábrea, no Amazonas.
Uma de suas características mais marcantes é o efeito que sobre pelas chuvas tropicais, à medida que menos da metade da via está pavimentada, ficando lamacenta e com baixa trafegabilidade. Ainda assim, ela é uma das mais movimentadas.
BR-319
Interligando Manaus e Porto Velho, desde sua inauguração em 1976, a BR-319 passou por diversos momentos. Nos primeiros anos era amplamente usada, fomentando uma economia em torno da pista. Esse cenário ocorre por ter sido completamente pavimentada já na construção.
Por outro lado, não passou pela manutenção adequada, o que levou ao seu fechamento na década de 1980. Recentemente recebeu asfalto em parte de sua extensão, mas ainda há impasses quanto ao impacto ambiental em outros pontos. Diante disso, a trafegabilidade está limitada a trechos.
BR-364
Indo do estado de São Paulo até o Acre, trata-se de uma via ampla — com mais de 4.300 quilômetros. Ainda assim, essa característica está ligada a sua interregionalidade, como ocorre em outras rodovias do norte do Brasil.
Com uma história que começa em 1961, a BR-364 também alimenta os portos da Amazônia. No entanto, ambiente e clima gerados pela floresta acabam impactando essa estrada que apresenta trechos de terra.
BR-210
A BR-210 foi projetada para ir do Amapá ao Amazonas, cortando Pará e Roraima. Apesar de uma extensão modesta, está entre as principais rodovias do norte do Brasil devido às localidades pelas quais passa, criando uma rede logística para cidades de importância regional. Além disso, faz a conexão da BR-174 com a BR-432.
BR-317
Parte de um projeto internacional que visa unir rodovias no Brasil e no Peru para criar uma estrada Interoceânica, a BR-317 segue de Boca do Acre até Assis Brasil. Essa via posiciona-se como alternativa para o escoamento da produção do norte e do centro-oeste, respondendo a uma das principais demandas nacionais: a ampliação das opções logísticas.
Quais os desafios enfrentados por quem dirige por essas rodovias?
Quando o assunto é as principais rodovias do norte do Brasil, não se pode ignorar os efeitos do clima e da floresta tropical na infraestrutura. A umidade do ar em geral é alta, além de haver chuvas intensas somadas a um forte calor. Tudo isso cria um cenário diferente do resto do país.
Essa conjuntura acaba impactando a durabilidade das vias, uma vez que os pavimentos se deterioram mais rapidamente nessas condições e sua manutenção é mais difícil. Ainda, há pistas sem asfalto ou outro tipo de cobertura que ficam sem dirigibilidade frente a esse quadro.
Basicamente, a presença de água nelas, as transforma em lamaçais, aumentando o risco de atolamento ou tombamento. Tal contexto se agrava para veículos maiores, como ônibus e caminhões — cujas cargas adicionam peso. Dessa forma, a frenagem fica menos eficiente, exigindo mais tempo para a parada e elevando a possibilidade de acidentes.
A necessidade de realizar a travessia de rios é outro ponto complexo na logística amazônica. Tanto pela existência de pontes precárias quanto pelo uso de balsas igualmente abaixo do ideal para percorrer as hidrovias. Portanto, causam alarde, uma vez que podem gerar danos financeiros e humanos irreversíveis.
Por fim, a fauna local não deve ser ignorada. Ao serem construídas em meio a reservas e a mata, as estradas interferem no ambiente de diversas espécies. Assim, os animais as atravessam, acarretando mais problemáticas para o condutor, que precisa permanecer atento.
As principais rodovias do norte do Brasil buscam integrar a região ao resto do país, enquanto respondem às demandas logísticas de produtores, aumentam a contribuição local para a economia nacional e fortalecem o mercado regional.
Logo, elas têm um papel imprescindível para o desenvolvimento. Entretanto, os desafios gerados pelo clima e pelo ambiente exigem um investimento contínuo para assegurar a manutenção de seu funcionamento, bem como para proteger quem trafega por elas.
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