Troca de óleo do caminhão: qual a hora certa?
Efetuar manutenções preventivas é uma ação importante para garantir o bom estado de conservação do veículo. Práticas como a troca de óleo de caminhão contribuem para aumentar a performance e durabilidade das peças.
Esse tema é de grande importância para os veículos de porte pesado, afinal, normalmente, eles são utilizados para trabalho com cargas e percursos longos, havendo um esforço maior dos sistemas mecânicos.
Dessa forma, deve-se fazer constantemente a revisão dos principais itens do caminhão e a troca correta do lubrificante. Mesmo com tamanha importância, muitos proprietários não têm conhecimento sobre como realizar essa tarefa e qual a hora certa para isso. Para ajudar nessa questão, preparamos este artigo contendo as principais informações sobre o tema. Continue a leitura e fique por dentro de tudo!
Qual a função do óleo no motor?
O sistema de lubrificação desempenha um papel importante dentro do motor. No mecanismo, a combustão interna, peças como pistões, bielas, anéis e válvulas estão constantemente em movimento e contato com outras partes do motor.
Para diminuir o atrito e desgaste, o óleo forma uma fina película que possibilita uma maior eficiência em seu trabalho, além de ajudar no controle da temperatura interna. Dessa forma, ao efetuar a troca correta, é possível garantir o aumento da performance do motor e evitar problemas como formação de borras e efeitos de combustão gerados a partir do atrito metálico entre as peças.
Por que se deve fazer a troca de óleo de caminhão regularmente?
Assim como qualquer outra substância, o óleo, com o passar do tempo, vai perdendo sua funcionalidade, devido à modificação de suas características físicas. O aspecto mais importante atribuído a esse item é a sua viscosidade. Essa propriedade está relacionada à fluidez do líquido em diversos valores de temperatura. Assim, à medida que o motor trabalha, o índice de rendimento do óleo pode variar em até 10% com relação às suas especificações antes do uso.
Em uma primeira situação, tem-se a diminuição da viscosidade, deixando o óleo com uma aparência mais fina e rala. Esse estado pode estar relacionado a uma contaminação por combustível, que, aos poucos, é canalizado dos cilindros para o cárter. Essa mistura de componentes varia de acordo com o modelo e tempo de uso do caminhão. Isso, porque veículos mais antigos tendem a apresentar um maior grau de degradação do fluido, pois suas peças já não operam com total rendimento.
O desgaste natural de peças como bicos injetores e bomba de combustível contribui para que o comprometimento do óleo aconteça em um tempo menor. Como resultado, pode haver a danificação das partes móveis do motor, pois a película lubrificante torna-se mais fina que o normal. Por outro lado, o tempo de utilização do lubrificante pode ocasionar o aumento da viscosidade.
Nessa situação, a principal causa do “engrossamento” é o acúmulo de substâncias insolúveis geradas pela combustão e pelos desgastes naturais das peças do motor. Desse modo, impurezas como poeira, metais, fuligem e resíduos provenientes de oxidação por umidade tornam o óleo mais viscoso, além de deixar o líquido com aspecto abrasivo.
Quais as principais consequências de não fazer a troca de óleo de caminhão no momento recomendado?
Não realizar a troca do componente no momento adequado pode ocasionar a formação de borras que são responsáveis pelo entupimento de circuitos do sistema de lubrificação. Isso pode trazer prejuízos para o veículo, já que fora da validade, o óleo pode influenciar diretamente no aumento da temperatura do motor, prejudicando a sua performance.
Além disso, a geração de borras aumenta o atrito e desgastes excessivos dos itens, podendo travar o motor e até levar na perda do caminhão. Por isso, a troca de óleo periodicamente é fundamental para garantir e manter o bom desempenho e funcionamento do veículo, bem como sua segurança.
Qual o tempo ideal para realizar a troca?
A definição do tempo ideal para efetuar a troca do óleo pode variar de um caminhão para o outro. Aspectos como potência do motor, estado de conservação do veículo e condições de uso influenciam diretamente na durabilidade desse componente. Logo, para proprietários que percorrem longos percursos ou trafegam em estradas de terra, por exemplo, será preciso efetuar a troca do óleo em um período mais curto que o normal.
Há mecânicos que estipulam prazos como 5 ou 10 mil quilômetros rodados. Todavia, esses valores não são precisos para todas as situações. Por isso, o ideal é recorrer ao manual de serviços do fabricante do veículo. Nesse documento, é possível obter informações mais precisas sobre a prática correta da troca, pois ele contém detalhes de operação com abordagem de mais ou menos tempo para a manutenção de acordo com a demanda do motor.
Vale ressaltar que essas recomendações são baseadas no funcionamento normal do caminhão. Entretanto, pode haver casos em que seja preciso realizar a substituição desse item antes do prazo predefinido. Esse fato está relacionado a possíveis problemas no motor. Por isso, fique sempre atento à condição de trabalho do veículo. Barulhos ou ruídos excessivos podem sinalizar falhas no sistema de lubrificação.
Ao fazer a manutenção preventiva, verifique se não há vazamentos ou o entupimento dos canais do circuito. Caso o nível do óleo esteja baixando rapidamente, podem existir problemas ligados a defeitos em peças como o cárter ou até o mau funcionamento do motor. Ao constatar alguma avaria, faça a reparação o quanto antes, pois o problema pode ficar ainda maior com o desgaste e fundição das peças internas devido à ineficiência de lubrificação.
O que fazer caso o prazo da troca de óleo do caminhão já tenha passado?
Geralmente, deixar de trocar o óleo no prazo recomendado não é algo grave. No entanto, é essencial nesse momento ter o cuidado em verificar se a indicação na vareta está com óleo acima do nível mínimo.
Isso porque andar com o veículo com óleo abaixo do nível ideal, pode prejudicar a lubrificação do motor, fazendo perder a potência, aumentar os desgastes de peças, esquentar e até fundir. Por outro lado, o excesso de óleo também pode gerar problemas, pois ao transbordar ocasiona o acúmulo de lubrificante nas peças, gerando corrosão, oxidação e comprometendo o desempenho do motor.
Quais são os principais erros a serem evitados ao trocar o óleo do caminhão?
A lubrificação incorreta pode trazer prejuízos tanto para o veículo quanto para o motorista. Para evitar problemas é importante não cometer alguns erros na hora da troca de óleo do caminhão, tais como:
Completar o óleo
Quando completa o óleo usado com um novo a mistura acaba sendo contaminada. Como consequência, há a geração de um lubrificante misto, diferentemente dos tipos de óleos colocado no veículo. Por isso, o ideal é trocar todo o óleo por um novo.
Misturar lubrificantes
Misturar os lubrificantes é uma prática bastante comum entre os motoristas. No entanto, utilizar bases diferentes (mineral, semissintético e sintético) não é recomendado, pois pode gerar sérios riscos ao motor, além de prejudicar a eficiência da lubrificação.
Não trocar o filtro
A função do filtro é reter as impurezas do residual de óleo, evitando a contaminação do novo lubrificante. Diante disso, é importante trocar o filtro de óleo para que a mistura retida não volte novamente para dentro do motor.
Pingar óleo no motor
Os pingos de óleo podem atingir partes fundamentais do motor, como câmara de combustão, borrachas e velas. Como resultado, há um maior desgaste desses itens, elevando os custos de manutenção.
Quais os principais mitos e verdades sobre a troca de óleo?
A prática da troca de óleo do caminhão, embora pareça ser simples, gera muitas dúvidas entre os motoristas, que devem estar sempre bem informados para manter a vida útil do seu veículo. Em vista disso, conheça os principais mitos e verdades a respeito desse assunto.
A troca do filtro deve ser sempre em conjunto com a de óleo?
Mito. Pois, não existe nenhuma orientação de profissionais especialistas quanto à exigência de esses itens serem trocados sempre juntos. O recomendado é que para a cada duas trocas de óleo do motor, seja realizada uma do filtro.
Não se deve completar o nível de óleo com de outra marca?
Mito. No entanto, existe alguns detalhes que merecem atenção, como observar se os óleos são compatíveis e possuem características iguais, isto é, que contam com as mesmas especificações de viscosidade e desempenho.
O motor deve estar quente para troca de óleo e frio para verificação do nível?
Verdade. Já que quando o óleo está aquecido ele escorre com mais facilidade, pois sua viscosidade fica reduzida, tornando a troca rápida. Por outro lado, para verificar o nível do óleo o mesmo deve estar frio, já que quando quente boa parte do lubrificante ainda estará nas peças.
A cor mais escura do óleo é devido a sujeiras no motor?
Verdade. Isso acontece pelo fato de que o óleo além de lubrificar as peças, também promove uma limpeza no motor, removendo as impurezas que podem comprometer seu funcionamento.
Quais as principais recomendações ao se fazer à troca de óleo?
Além de realizar a substituição periódica do óleo, outros pontos devem ser seguidos para evitar possíveis problemas futuros. A primeira dica é não fazer a mistura de produtos de marcas ou especificações diferentes. Isso, porque os componentes podem conter compostos químicos distintos e, com isso, gerar, por exemplo, ácidos corrosivos que poderão danificar partes do motor. Outra dica é sempre realizar a troca quando o nível da vareta estiver no mínimo.
Não é recomendado completar o nível quando o prazo de validade estiver próximo, pois, ao misturar o produto novo com o usado, não será possível estender o tempo de utilização. Ademais, fique atento à viscosidade ideal para o seu caminhão. Esse fator influenciará bastante a performance do veículo. Por fim, sempre que for fazer a manutenção do lubrificante, efetue a troca do filtro de óleo, pois, assim, o sistema funcionará com um maior rendimento e durabilidade.
Essas foram as principais informações sobre a troca de óleo do caminhão. Embora seja uma tarefa relativamente simples, deve ser realizada com base nas recomendações técnicas, para evitar possíveis problemas no futuro.
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